quinta-feira, 20 de maio de 2010

Aula 18

O que é Globalização

(Prof. Eustáquio L. Castelo Branco)

“Conjunto de transformações na ordem política e econômica mundial que vem acontecendo nas últimas décadas, onde o ponto central da mudança é a integração dos mercados numa "aldeia-global", explorada pelas grandes corporações internacionais”.

Politicamente, os Estados trabalham gradativamente nas barreiras tarifárias para proteger sua produção da concorrência dos produtos estrangeiros e abrem-se ao comércio e ao capital internacional.


Mas economicamente estamos vendo crescer de maneira destacada o neoliberalismo, que é uma política econômica que visa a saída parcial do Estado da economia, deixando o mercado livre, por isso é que se vê a grande onda das privatizações existentes hoje.

As fontes de informação também se uniformizam devido ao alcance mundial e à crescente popularização dos canais de televisão por assinatura e da Internet. Isso faz com que a globalização ultrapasse os limites da economia e política, e comecem a provocar uma certa homogeneização cultural entre os países. Temos como exemplo disso a forte influência da
cultura americana em todo o mundo.

Outro ponto de forte importância que vem se destacando na globalização, é a questão do meio ambiente, onde as empresas, cidadãos, instituições e ONG's se dedicam cada vez mais a conservar e restaurar esta. Vemos isso nos diversos debates de alcance mundial que acontecem em torno desse assunto, e o surgimento de instituições como o GreenPeace, que
tem caráter radical e postura firme contra a degradação da natureza.

Histórico da Globalização

Fatos históricos marcantes ocorridos entre o final da década de 1980 e o início da de 1990 determinaram um processo de rápidas mudanças políticas e econômicas no mundo.

A queda do Muro de Berlim em 1989;
O fim da Guerra Fria;
O fim do socialismo real;
A desintegração da União Soviética, em dezembro de 1991, e seu desdobramento em novos Estados Soberanos (Ucrânia, Rússia, Lituânia etc.);
A explosão étnica ou das nacionalidades em vários lugares, acompanhada da guerra civil: antiga Iugoslávia, Geórgia, Chechênia etc.;
O fim da política do Apartheid e a eleição de Nelson Mandela para presidente, na África do Sul;
O acordo de paz entre Israel, OLP (organização para libertação da Palestina) e Jordânia;
A formação de blocos econômicos regionais (União Européia, Nafta, Mercosul, etc.);
O grande crescimento econômico de alguns países asiáticos (Japão, Taiwan, China, Hong-kong, Cingapura), levando a crer que constituirão a região mais rica do Século XXI;

O fortalecimento do capitalismo em sua atual forma, ou seja, o neoliberalismo;
O grande desenvolvimento científico e tecnológico ou Terceira Revolução Industrial ou Tecnológica.

Até praticamente 1989, ano da queda do Muro de Berlim, o mundo vivia no clima da Guerra Fria.

De um lado, havia o bloco de países capitalistas, comandados pelo Estados Unidos, de outro, o de países socialistas, liderado pela ex-União Soviética, configurando uma ordem mundial bipolar.

A reformas iniciadas por Gorbatchev, na ex-União Soviética, em 1985, através da Perestroika e da Glasnost, foram pouco a pouco minando o socialismo real e, conseqüentemente, essa ordem mundial bipolar. A queda do Muro de Berlim, com a reunificação da Alemanha, e muitos outros acontecimentos do Leste Europeu alteraram profundamente o sistema de forças até então existente no mundo.

O confronto ideológico (capitalismo versus socialismo real) passou-se para a disputa econômica entre países e blocos de países.

O beneficiário dessa mudança, historicamente rápida, que deixou muitas pessoas assustadas, foi o sistema capitalista, que pôde expandir-se praticamente hegemônico na organização da vida social em todas as suas esferas (política, econômica e cultural).

Conseqüências da globalização


Mudança no papel do estado

Os países e seus líderes, estão sob vigilância constante da opinião pública internacional, sendo assim qualquer passo em falso poderá resultar em penalidades para estes países.

As ações governamentais deverão ser dirigidas agora para fazer com que as economias nacionais sustentem e desenvolvam condições para competir em escala global. Isso resulta na canalização de recursos para setores vitais do Estado como a educação, saúde e, este também, tem que estar preparados para passar para a mão de empresas privadas, antes administradas pelo Estado. Dessa forma acredita-se estar contribuindo para uma promoção de maior igualdade de oportunidades, aumentando o grau de mobilidade social.

Considerações políticas sobre a globalização

O mercado é, com certeza, um fator decisivo no que se diz respeito à globalização. É importante saber que o contorno dentre os quais o mercado atua, são definidos politicamente. Por isso é errado afirmar que tudo o que esta a favor das forças e mercado é visto como bom, positivo, isto é, fator de desenvolvimento, pois, tem que se reconhecer que não há limites ao mercado que permitem países como o nosso atuar politicamente na defesa dos interesses nacionais.

Temos que admitir que a participação na economia mundial pode ser positiva se for manejada com cuidado, ou seja, o sucesso dessa integração depende de vários pontos como a articulação diplomática e as parcerias comercias adequadas e, da realização de reformas internas democraticamente conduzidas.

A globalização esta gerando uma nova divisão internacional onde se encontram os países que fazem parte do processo de globalização e os países que não fazem. Os primeiros estariam associados à idéias de progresso, riqueza e, melhores condições de vida, já os outros estaria destinados à um mundo de exclusão, marginalização e, miséria.

Em países em desenvolvimento mais complexo, a integração na economia global está sendo feita à custa de maior esforço de ajuste interno e numa época de competição internacional mais acirrada.

REVOLUÇÃO TECNOCIENTÍFICA E A INTEGRAÇÃO DO MUNDO

A rápida evolução e a popularização das tecnologias da informação (computadores, telefones e televisão) têm sido fundamentais para agilizar o comércio e as transações financeiras entre os países.

Vale destacar como forte novidade na área de tecnologia, e instrumento de integração entre as nações, a Internet. Está que já está presente nos principais países do mundo e que representa um novo ramo de mercado, o mercado virtual.

As transnacionais

A globalização é marcada pela expansão mundial das grandes corporações internacionais.

Outros pontos importantes desse processo são as mudanças significativas no modo de produção das mercadorias. Seguindo as tendências de concentração e dispersão das empresas e auxiliadas pelas facilidades na comunicação e nos transportes, as transnacionais
instalam suas fábricas em qualquer lugar do mundo onde existam as melhores vantagens fiscais, mão-de-obra e matérias-primas baratas. Essa tendência leva a uma transferência de empregos dos países ricos - que possuem altos salários e inúmeros benefícios - para as nações industriais emergentes, como os Tigres Asiáticos. O resultado desse processo é que, atualmente, grande parte dos produtos não tem mais uma nacionalidade definida.

Desemprego

A crescente concorrência internacional tem obrigado as empresas a cortar custos, com o objetivo de obter preços menores e qualidade alta para os seus produtos. Nessa reestruturação estão sendo eliminados vários postos de trabalho. Uma das causas do desemprego é a automação de vários setores, em substituição à mão de obra humana.

Nos países ricos, o desemprego também é causado pelo deslocamento de fábricas para os países com o custo de produção mais baixo (transnacionais).

Blocos econômicos

São associações de países, que estabelecem relações comerciais privilegiadas entre si e que atuam de forma conjunta no mercado internacional como se fossem um único país. Com a formação de um bloco econômico também há a redução ou eliminação total das alíquotas de importação e aumentando a interdependência das economias entre os países membros.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Prova - Turma Gestão da Produção Industrial

Olá pessoal,

Não faremos mais a prova no dia 31/05 conforme marcado anteriormente.
No lugar da prova, vocês farão um trabalho que deverá ser entregue no dia 31/05 impreterivelmente.

O tema do trabalho é: Industrialização e desenvolvimento econômico no Brasil.

Pesquisem onde quizerem, porém lembre-se:
PLÁGIO É CRIME! O TRABALHO QUE FOR CONSIDERADO PLÁGIO SERÁ AUTOMATICAMENTE AVALIADO COMO ZERO.

Sugestões de pesquisa:

http://pt.shvoong.com/social-sciences/1764548-industrializa%C3%A7%C3%A3o-desenvolvimento-economico-brasil/

http://www.culturabrasil.org/desenvolvimentismo.htm

http://www.grupoescolar.com/materia/origens_e_etapas_da_industrializacao_no_brasil.html

http://www.historialivre.com/brasil/jk1.htm

http://www.redcelsofurtado.edu.mx/archivosPDF/riomedeiros.pdf

Prova - Turma Gestão em Eqüinocultura

A segunda prova será um trabalho que vocês farão em casa para entrega no dia 31 de maio.
Notem que não haverá prova no dia 31/05 conforme marcado anteriormante. Esta será substituída pelo trabalho que deverá ser entregue impreterivelmente no dia 31/05.

O tema do trabalho será: Situação econômica e desenvolvimento do segmento de eqüinocultura, incluindo o turismo, no Brasil.

Como fonte de pesquisa, utilizem quantas tiver acesso. Porém, não deixem de mencionar a mesma no trabalho.
LEMBREM-SE QUE PLÁGIO É CRIME. OS TRABALHOS CARACTERIZADOS COMO PLÁGIO SERÃO CONSIDERADOS COM NOTA ZERO.

Sugestão de pesquisa:

A importância econômica do setor eqüestre

http://www.equisport.pt/gca/index.php?id=874

A relação entre Cavalo e Homem conta já com uma longa história de mais de 30.000 anos. Nesta relação, o cavalo foi visto primeiro como fonte de alimentação, mais tarde, como um complemento às limitações físicas do Homem, como um símbolo de poder em várias épocas históricas, como apoio e ferramenta de trabalho, e actualmente como um elemento fundamental de desporto e lazer.
Nesta nova etapa da relação entre Cavalo e Homem, e as consequências económicas que podem advir da mesma, interessa especialmente, a possibilidade de incrementar o emprego e actuar em zonas rurais ou em sectores estratégicos assim como no turismo.
Qual poderá ser a contributo do Cavalo na conjuntura económica e social actual?

Sendo maior ou menor o impacto económico do cavalo, tem uma relação directa com o comportamento dos diferentes agentes económicos intervenientes nas actividades equestres.

Naqueles países onde o cavalo está orientado para o lazer e desporto, foram introduzidas mudanças na criação e noutros campos relacionados com a actividade equestre para torná-los mais aptos na hora de satisfazer as necessidades das pessoas que deles usufruem.

Mas o sector público viu já novas oportunidades de fomentar o emprego e o desenvolvimento rural sustentável ou as novas ofertas de turismo.

Os conjuntos das actividades produtivas que estas mudanças originaram, são extensas, desde a criação especializada, até às indústrias auxiliares do mundo equestre, sem esquecer o ensino de cavalos e cavaleiros ou as actividades relacionadas com alojamento, hotelaria e seguros.

A todo este novo conjunto pode chamar-se ‘Indústria do Cavalo’. O seu crescimento está relacionado com o nível do PIB de cada país, mas também com a resposta das empresas às novas exigências dos aficionados. Naqueles países onde a resposta tem sido positiva, incrementou-se a produção, o emprego e a riqueza, produzindo assim um duplo impacto. Em primeiro lugar, nas actividades relacionadas directamente com o mundo dos cavalos, como determinadas produções agrícolas (palha, cevada, forragens, etc.) ou determinadas empresas de transporte, assim como o trabalho de tratadores, ferradores e outros profissionais que trabalham com cavalos. Mas também noutros sectores económicos, como fábricas de roupa, companhias de seguros, hotéis e restaurantes, que têm uma relação indirecta com o gasto feito em muitas destas actividades desenvolvidas no sector.

As investigações realizadas nos principais países, para avaliar a importância do sector equestre, concluiram que o gasto médio anual por cavalo, pode ascender a mais de 8.000 euros quando estes se dedicam a actividades desportivas e a 3.500 euros se o objectivo for a equitação de lazer. O emprego directo e indirecto gerado é de um trabalhador por cada 10 cavalos, sejam estes destinados à área desportiva ou de lazer.

As conclusões mais importantes que são retiradas deste estudo são: que se aumentar a criação de cavalos de qualidade, tanto para lazer como para desporto, pode-se aumentar as receitas e o emprego. Mas para que esta potencial procura se torne realidade, não só é preciso produzir cavalos adequados, mas também é necessário fomentar todo o tipo de actividades equestres como competições, feiras do cavalo, rotas de turismo equestre, etc.

Melhorar a criação e direccioná-la para a procura dos aficionados, dotando-a de serviços complementares para que as actividades equestres procuradas se possam realizar. É a base para um Plano Estratégico que torna possível a contribuição do sector equestre para o desenvolvimento económico de um país, um Plano que deveria ter como objectivos principais:

1. Juntar os esforços de todos os implicados na indústria do cavalo, tanto a nível nacional como regional e local.
2. Incrementar a participação dos aficionados do cavalo e desenvolver o contributo social da Indústria do Cavalo.
3. Apoiar os resultados económicos das empresas do sector equestre.
4. Aumentar as competências equestres da população, o treino e nível de qualidade.
5. Incrementar o acesso a cavalos e charretes em caminhos rurais.
6. Considerar o impacto do cavalo no ambiente.
7. Estimular a excelência no desporto equestre.
5. Melhorar a qualidade de criação de cavalos e póneis.

O marketing da raça lusitana numa economia de oportunidades e de união

http://www.equisport.pt/gca/index.php?id=856

Introdução

O objectivo último da construção deste artigo é fazer reflectir os leitores na importância do marketing, no sentido de oportunidade, e no factor União, como alavancas das mudanças que se impõem. A reflexão deve incidir igualmente no papel da individualidade na construção desse Futuro, que se pretende de militância da raça no Mundo.

Há que elevar o trabalho do associativismo, e mesmo das coudelarias sediadas dentro e fora de Portugal, que têm apostado eficazmente no marketing do objecto que produzem. É deles e consequentemente da raça, o Mérito de um trabalho inteligente de conquista de mercados.
Esta postura deve proporcionar reflexões pela positiva, pois como fim último pulveriza a imagem da raça e sua utilização pelo Mundo!

Promoções desportivas emblemáticas como a do “Rubi” (Alter Real), do “Relâmpago do Retiro” (Haras Villa do Retiro), do extraordinário “Rico” (Dr. Guilherme Borba), do “Samba” (Sociedade das Silveiras), do “Poderoso do Retiro” (Haras Villa do Retiro), da pioneira venda de embriões que ocorreu no Brasil, só podem ser encaradas como elevação do potencial da raça no Mundo, por parte dos seus proprietários.

O papel de alguns é de eficácia crescente nestas matérias (marketing, investimento, e elevado sentido de oportunidade). A resposta do mercado à performance e inovação, constituem uma evidência inegável do que acabei de afirmar.

No toureio cada vez se sente mais a apetência do mercado, pela raça Lusitana.

Esta fotografia relembra que o Lusitano é, e deverá continuar a ser, um cavalo guerreiro (foi a guerra e a gineta que fizeram a raça).

A certeza que o cavalo é um produto do meio: “…o combate com o toiro exige no cavalo qualidades de coragem e sujeição muito especiais que só os nossos cavalos podem reunir e no homem que o monta, qualidades de coragem que só o nosso espírito e a nossa educação têm conservado.” In Toureio Português -Dr. Ruy D’Andrade 1954.

Contudo… esta frase revela adaptação e elevado sentido de oportunidade: “No Brasil, por Lei, não há touradas, daí que, para evoluir a funcionalidade se estejam a especializar noutras provas, com uma grande aposta na dressage”. In Revista Equitação Nov./Dez. 2009 – Eduardo Ficher (proprietário do Haras da Villa do Retiro - Brasil).

A conquista dos mercados e a união

O trabalho da APSL na divulgação da raça não pode ser descurado e reflecte um comportamento voluntarista de conquista dos mercados existentes, através de uma actuação baseada em dar a conhecer e valorizar, junto dos potenciais compradores, as qualidades distintivas do cavalo de raça Lusitana (marketing operacional).

A função primária deste tipo de trabalho, cujo horizonte de actuação se situa no curto/médio prazo, é facilitar a procura, e assim, reduzir os custos de prospecção dos compradores, criando volume de negócio.

É meritório o trabalho da APSL, no apoio humano e esforço económico desenvolvido em prol de áreas funcionais como: A Equitação de Trabalho, a Dressage, e o Toureio, entre outras.

Formas de conquistar mercados:

1. A conquista de mercados só pode ser alcançada pela utilidade do produto oferecido. Oferecer experiências gratificantes a quem compra, tem de constituir o objectivo de quem trabalha na produção;

2. Ainda neste âmbito há que reconhecer o papel da certificação, como uma forma de adequação contínua, auto controlo, e de oferta de garantias a quem compra;

Fazendo um pequeno aparte de reflexão, reparem no conceito associado à norma NP EN ISO 9001:2000 (Esta Norma especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade em que uma organização: necessita demonstrar a sua aptidão para, de forma consistente, proporcionar produtos e/ou serviços que vão ao encontro dos requisitos do cliente e regulamentos aplicáveis; proporciona a satisfação do cliente através da aplicação eficaz de processos para melhoria contínua do sistema, garantindo a conformidade com os requisitos do cliente e regulamentos aplicáveis).

3. Os animais de Top nas diferentes disciplinas, desempenham o mesmo papel que a Fórmula 1 para o negócio da indústria automóvel – promoção e divulgação da imagem ganhadora ao mais alto nível, como suporte de venda da gama alta, média e baixa;

4. Que melhor forma de tornar exequível o terceiro ponto, do que investir na carreira desportiva de um reprodutor em que se acredita, como um contributo importante na afectação das decisões de compra da sua descendência, e também no prestígio da raça.

Turismo eqüestre em contexto nacional e internacional

http://www.equisport.pt/gca/index.php?id=774

Foi nas magníficas instalações da Coudelaria de Alter com 260 anos de história, criada por el-rei D. João V, em Alter do Chão, que se realizou o primeiro Congresso Internacional de Turismo Equestre, de 15 a 17 de Maio de 2008.

Nele estiveram presentes mais de 180 congressistas de países como Espanha, França, Itália, Suécia, Holanda, Reino Unido, Irlanda, Alemanha, EUA, Brasil, Portugal e outros.

A distinção do turismo a cavalo e do turismo do cavalo foi muito focada, pois era da opinião dos presentes que há uma grande confusão entre os dois sectores, sendo que, se deveria discutir era essencialmente o turismo a cavalo.

Referiu-se que no turismo a cavalo, é de interesse serem usadas raças autóctones, no caso português o cavalo Lusitano, que goza de especial relevo em terras além fronteiras, havendo um consenso geral de que esta nobre raça é responsável pela vinda de muitos turistas a terras Lusas.

Discutiu-se a conjuntura económica pouco favorável nos principais mercados emissores (Alemanha, Reino Unido, França…), o pessimismo dos agentes económicos nacionais, o aumento do preço do petróleo, a globalização e liberalização dos mercados, e a revolução tecnológica, todas mudanças exógenas que afectam o mercado do turismo equestre.

Foram ainda facultados outros tipos de dados como por exemplo: os turistas do Reino Unido vão cada vez mais frequentemente em férias equestres de menos duração, mas gastando muito mais, pois procuram a qualidade em vez da quantidade, havendo uma enorme preocupação com o ambiente (Ecoturismo), o estado dos cavalos usados e a sua segurança, bem como o nível de atendimento e conforto.

Os destinos mais populares para turismo equestre são os mais exóticos como África, América do Sul e Norte, e Europa).

Este tipo de turista exige que haja disponibilidade, informação, pacotes em diferentes épocas do ano, várias disciplinas equestres, localização, acomodação, fácil acesso, preço (value for money), ambiente agradável, aprender diversas formas de montar como sidesaddle ou western.
A Deloitte fez um estudo aprofundado do mercado Norte Americano e referiu que este é o maior mercado potencial de turismo equestre, havendo operadores turísticos especializados, e que no entanto em muitos dos casos, eram os próprios clientes que pesquisavam e marcavam as férias directamente com os operadores através do mais importante canal de divulgação, a Internet.

Sabe-se que o turismo equestre contribui para a sustentabilidade ambiental, cultural, social e económica de um país.

O perfil do turista equestre foi traçado, sendo ele do sexo feminino, dos 20 aos 50 anos, com formação média, média-alta, com um rendimento médio, médio-alto, com uma despesa média elevada e uma estada média de 1 dia (feiras) a 15 dias (cursos hípicos), com uma grande atracção pelos cavalos, interesse pela cultura popular e equestre de um país/região, aprendizagem de uma disciplina equestre, interesse em descobrir zonas de uma perspectiva a cavalo e gosto pelo desporto.

Portugal tem várias vantagens como destino de turismo equestre, entre elas o clima, os espaços naturais, proximidade dos principais mercados emissores, oferta hoteleira, segurança, ofertas complementares (gastronomia, praias, touros), infra-estruturas (acessibilidades), tradições históricas e culturais, e a criação de cavalos valorizados e reconhecidos em todo o mundo como o PSL e o Sorraia.

Surgiu também um outro ponto de discussão, como a necessidade de certificar os centro hípicos existentes e apostar mais na formação destes fornecedores de serviços. É estimado que só em Portugal este sector ofereça emprego directo a 25 mil pessoas, tendo ainda muito espaço para se desenvolver, pois são ainda muito poucos os operadores turísticos existentes.

Os momentos mais acessos da discussão foram certamente quando foi expressa a necessidade destes operadores turísticos já existentes se organizarem e se entre-ajudarem, pondo de lado as rivalidades fratricidas, e a necessidade existente em se preservarem os caminhos de terra batida existentes, bem como efectuar a sua manutenção para a boa práctica do turismo equestre e também se permitir que este tipo de turismo possa ter lugar nas reservas naturais do nosso país.

Deste congresso destacam-se a excelente organização, as intervenções interessantes dos oradores, bem como o trabalho dos intérpretes que permitiram que não houvesse falhas na comunicação. Não se formaram conclusões concretas, mas ficou uma sensação agradável do evento.

Fica ainda a nota de que foi anunciado no Congresso, que a Escola Portuguesa de Arte Equestre se vai finalmente instalar no antigo Picadeiro Real em Belém (actual Museu dos Coches), no ano de 2010.

BRASIL TEM O QUARTO MAIOR REBANHO EQÜINO DO MUNDO, COM 5,8 MILHÕES DE CABEÇAS.

Estímulo à promoção do agronegócio cavalo no exterior, divulgação de linhas de crédito existentes nos bancos para alavancar a atividade, qualificação profissional de mão-de-obra, fortalecimento da representatividade do setor, investimentos em pesquisa e tecnologia e disponibilidade de mais recursos para programas de sanidade animal. Estas são algumas das principais demandas necessárias para proporcionar o crescimento da atividade eqüestre no País, segundo o presidente da Comissão Nacional de Eqüinocultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Pio Guerra Júnior, que fez palestra neste sábado no Simpósio Eqüestre do Distrito Federal (SIMPEQDF). “O potencial da atividade é visível. Mas tudo depende da organização do setor”, enfatizou.

Segundo Guerra, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas hoje, o setor tem maior importância econômica do que atividades mais tradicionais. O agronegócio cavalo gera, por exemplo, 642,5 mil empregos diretos, ficando na frente de segmentos como o comércio atacadista, correios e a indústria automotiva. Os postos de trabalho indiretos chegam a 2,6 milhões. Já as exportações desta atividade em 2009 totalizaram US$ 27,4 milhões, receita superior a de produtos como café torrado e cachaça, que tem uma divulgação bem mais ampla fora do país. O Brasil tem o quarto maior rebanho equino do mundo, com 5,8 milhões de cabeças, atrás dos Estados Unidos, China e México. O faturamento anual da indústria do cavalo é de R$ 7,5 bilhões.

Em relação ao crédito rural, Pio Guerra, que também é vice-presidente de Secretaria da CNA, apontou o desconhecimento dos produtores sobre como principal problema a falta de informações sobre a existência de linhas de financiamento. Quanto à promoção da indústria equina no exterior, ele defendeu que as entidades representativas do setor estimulem projetos de internacionalização, envolvendo a participação de órgãos como a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil). Guerra falou, ainda, da necessidade de se elaborar estudos que mensurem ainda mais a realidade do agronegócio cavalo, com informações sobre a situação do mercado de cavalos, sanidade, estrutura organizacional, entre outros tópicos.

O presidente da Comissão de Eqüinocultura também reconheceu a falta de engajamento dos criadores para promover a ascensão da atividade eqüestre. “Infelizmente, o criador de cavalo raramente vive disso. Ele cria por hobby. Quando ele não tem esta dependência, o entusiasmo dele em fazer parte das discussões da cadeia produtiva é menor”, justificou. Outro gargalo mencionado por Guerra foi a deficiência do terminal de cargas vivas do aeroporto de Campinas, de onde parte toda a quantidade de cavalos vivos exportada. Com a liberação, pela União Europeia, das vendas externas brasileiras destes animais para o bloco, e o fim das barreiras comerciais por causa do mormo (doença que ataca o rebanho), Pio Guerra disse que será necessário investir no aprimoramento do terminal.

Quanto às potencialidades da atividade, Pio Guerra destacou o turismo eqüestre. Segundo ele, 42% das pessoas que praticam o turismo rural citam esta atividade como a mais procurada. No entanto, há ainda poucos empreendimentos voltados para esta finalidade, quando se fala do agronegócio cavalo dentro da porteira.


Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

http://www.cfmv.org.br/portal/noticia.php?cod=606

ROTEIROS PAULISTAS DE TURISMO EQUESTRE

O Turismo Eqüestre que tem nos eqüídeos o principal atrativo ou, pelo menos, uma das principais motivações, já é reconhecido em diferentes países como um importante segmento dentro das atividades de turismo e lazer, contando com grande e crescente número de adeptos.

A atividade foi introduzida no Brasil a cerca de 20 anos por alguns poucos pioneiros e, efetivamente, começou a se desenvolver há aproximadamente 10 anos. Pelos registros existentes, teve inicio com o cavaleiro francês Stephane Bigo que em 1986, depois de percorrer a cavalo, boa parte da América do Sul, ao retornar da Bolívia para São Paulo, de onde partiu, atravessou o Pantanal e ficou tão encantado que depois de concluída a sua cavalgada, retornou àquela região para organizar cavalgadas; ofertando diferentes percursos e tropas de animais para turistas europeus.

Estudo da Comissão Nacional do Cavalo, órgão da CNA Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (2006) apresentado sobre o “Complexo do Agronegócio Cavalo”, realizado pela ESALQ/USP, apontou uma movimentação econômica anual da atividade na ordem de.R$ 7,3 bilhões, sendo que deste total, a atividade de turismo eqüestre ainda tem uma contribuição direta muito pequena com R$ 21.000.000,00 ; contudo deve-se considerar que envolve uma serie de atividades entrelaçadas desde o seleiro até a escola de equitação, passando pelo criador de cavalos, os hotéis fazenda e as pousadas rurais. Mesmo sendo elencada como sendo o turismo eqüestre uma das atividades promissoras, este estudo, não aprofundou-se no tema.

Entretanto, na mensagem de apresentação Pio Guerra, Presidente da Câmara Setorial de Equideocultura do Ministério da Agricultura e da Comissão Nacional do Cavalo da CNA, destaca a atividade de turismo rural e a necessidade de se “identificar as oportunidades de aperfeiçoamento nas ações de cada segmento empresarial envolvido e as alianças possíveis entre os setores público e privado para ampliarmos as possibilidades de sucesso da atividade. Com um clima apropriado ao uso do cavalo durante todo o ano, uma diversidade ambiental e cultural que incentiva as atividades de lazer com o cavalo....” (grifo nosso)

Denominadas como passeios a cavalos, viagens a cavalo, ou ainda cavalgadas, a atividade começou a se desenvolver e hoje em dia, muitas operam junto a hotéis fazenda e outros são empreendimentos que atuam com essa exclusiva finalidade. Porém, em sua grande maioria, trabalham sem estrutura adequada ou mesmo com uma forma estratégica de venda e comercialização.

Em São Paulo, destino com grande aptidão rural e com grande numero de atividade turística rural, mas de 1000 empreendimentos turísticos rurais segundo o catalogo paulista de turismo rural em 2007, a qualidade do produto turístico, mais do que uma vantagem competitiva é pressuposto fundamental para o sucesso das atividades e dos destinos e considerando também o Associativismo e as formações de rede como elemento de inteligência para o desenvolvimento.

Como exemplo de caso de sucesso, desta metodologia proposta, existe desde 2005 comissões de trabalho de produtos turísticos na Associação Paulista de Turismo Rural- ABRATURR- SP: Comissão de Trabalho das Fazendas Históricas Paulistas. Turismo Eqüestre Paulista, Fazendas Pedagógicas, Agricultura familiar entre tantas outras. Deste processo de comissões surge o fortalecimento do produto e o fortalecimento de entidades de produtos que objetivam fortalecer a cadeia produtiva da atividade. Um primeiro modelo adotado foi A Comissão de Fazendas Históricas Paulistas que atualmente já e uma OSCIP Associação Fazendas Históricas Paulistas, membro Associado da ABRATURRS e base do roteiro reconhecido pelo Governo do estado de São Paulo, do Roteiro das Fazendas Paulistas e com uma rede de operação turística de agencias e operadoras.

Como neste caso acima citado as atividades do Turismo Eqüestre Paulista deve encontrar seu caminho de atividade e par isso faz-se dar inicio ao processo com ações concretas.

Reconhecendo tal realidade, o IDESTUR – Instituto de Desenvolvimento do Turismo Rural, entidade de fomento e de trabalho do turismo rural nacional que já atuou na construção de vários modelos de adequação turística operacional com o apoio da ABRATURR , entidade representativa do setor e de empresas atuantes de turismo eqüestre preparou o modelo de trabalho da atividade com PROJETO DE ESTRUTURAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO TURISMO EQÜESTRE em São Paulo

Em continuidade ao processo nacional de reconhecimento desta realidade acima citada, este trabalho agora apresentado, tem o objetivo de aprofundamento e reconhecimento do turismo eqüestre paulista, que encontra no Brasil um destino privilegiado, graças às condições climáticas e a diversidade ambiental e cultural do país que possibilita distintas possibilidades de produtos e destinos. Estudos da OMT (2004) na América Latina destacam ser a cavalgada a atividade mais requisitada pelos turistas em espaço rural, com participação de 42%

CNA defende estímulo ao crescimento do mercado de cavalos

Estímulo à promoção do agronegócio cavalo no exterior, divulgação de linhas de crédito existentes nos bancos para alavancar a atividade, qualificação profissional de mão-de-obra, fortalecimento da representatividade do setor, investimentos em pesquisa e tecnologia e disponibilidade de mais recursos para programas de sanidade animal. Estas são algumas das principais demandas necessárias para proporcionar o crescimento da atividade equestre no país, segundo o presidente da Comissão Nacional de Equinocultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Pio Guerra Júnior.

Segundo Guerra, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas hoje, o setor tem maior importância econômica do que atividades mais tradicionais. O agronegócio cavalo gera, por exemplo, 642,5 mil empregos diretos, ficando à frente de segmentos como o comércio atacadista, correios e a indústria automotiva. Os postos de trabalho indiretos chegam a 2,6 milhões.

Já as exportações da atividade em 2009 totalizaram US$ 27,4 milhões, receita superior a de produtos como café torrado e cachaça, que têm uma divulgação bem mais ampla fora do país. “Esses fatores são importantes para nos dar subsídios para reivindicarmos políticas públicas e mostrar a importância deste setor para o agronegócio, além de quebrar preconceitos”, diz.

O Brasil tem o quarto maior rebanho equino do mundo, com 5,8 milhões de cabeças, atrás dos Estados Unidos, China e México. O faturamento anual da indústria do cavalo é de R$ 7,5 bilhões. Em relação ao crédito rural, Pio Guerra, que também é vice-presidente de secretaria da CNA, apontou como principal problema a falta de informações sobre a existência de linhas de financiamento. “Precisamos de uma articulação junto ao Banco do Brasil e às associações de criadores para divulgar a existência da linha de crédito”, afirma.

Guerra reconheceu a falta de engajamento dos criadores na promoção da atividade equestre. “Infelizmente, o criador de cavalo raramente vive disso. Ele cria por hobby. Quando ele não tem esta dependência, o entusiasmo dele em fazer parte das discussões da cadeia produtiva é menor”, justifica.

Outro gargalo mencionado pelo representante da CNA foi a deficiência do terminal de cargas vivas do aeroporto de Campinas, de onde parte toda a quantidade de cavalos vivos exportada. Com a liberação pela União Europeia das vendas externas brasileiras destes animais para o bloco, e o fim das barreiras comerciais por causa do mormo (doença que ataca o rebanho), Guerra diz que será necessário investir no aprimoramento do terminal.

Quanto às potencialidades da atividade, o turismo equestre é a grande aposta. “No Brasil há muito mais espaço para a prática desta atividade do que em outros países. O que precisamos é fazer levantamentos e identificar locais propícios”, afirma. No entanto, em termos de receita e geração de empregos, este ramo ainda fica muito abaixo de atividades como a lida com o gado, principal finalidade do uso do cavalo no país, que emprega mais de 85% da mão-de-obra com carteira assinada, e fatura quase R$ 4 bilhões.

Fonte: CNA

08/01/2010



Diretora Geral recebe apoio e divulga estudos sobre segmento da criação de cavalos da Raça Mangalarga

A nova Diretora Geral do Instituto de Zootecnia (IZ-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA) Maria Lúcia Pereira Lima recebeu congratulações de instituições e parceiras pela indicação ao cargo de diretora do IZ.

Em e-mail enviado pela presidente Jan Rais representante das Fazendas Históricas Paulistas, Maria Lúcia mostrou-se agradecida pelas palavras de incentivo: “Gostaríamos de expressar o nosso apoio e nos colocar à sua disposição para trabalhar em prol do desenvolvimento rural do nosso estado. Enviamos nossos Parabéns e Cordiais Saudações”.

As Fazendas Históricas Paulistas reúnem propriedades históricas dos séculos XVIII, XIX, e início do século XX que trabalham com turismo rural. Segundo o site oficial algumas destas propriedades oferecem hospedagem com boas comidas típicas. Outras oferecem cavalgadas, trilhas na mata atlântica, observação de aves, pequenos museus e atividades de vida de fazenda. Há também as que trabalham com turismo pedagógico, agroturismo, eventos e realizam casamentos em suas capelas.

Eduardo Biagi, 2º vice-presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), enviou telegrama cumprimentando a Drª Maria Lúcia: “Venho por meio deste, cumprimentá-los pela indicação da Srª Maria Lúcia Pereira Lima para o cargo de Diretora Geral”.

ABCZ, representa cerca de 18 mil associados tanto no Brasil quanto no exterior, dentro das 6 categorias que possui. É uma entidade nacional que coordena e centraliza todas as atividades relacionadas ao zebu nas áreas técnica, política e econômica. Tem como visão ser a melhor organização pecuária do mundo e a missão de contribuir para o aumento da produção mundial de carne e leite, através do registro, melhoramento e promoção das raças zebuínas.

A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCR) também expressou suas congratulações em e-mail enviado no dia 28 de dezembro de 2009 como mostra abaixo:

“Nós da ABCCR Mangalarga estamos parabenizando-a pela indicação como Diretora Geral do Instituto de Zootecnia do Estado de São Paulo.Temos certeza que esse novo desafio em sua importante carreira profissional, será coroado de sucessos, pois, empenho, dedicação, conhecimento e profissionalismo são suas marcas registradas. Parabéns! Diretoria Executiva”

ABCCR Mangalarga”.

Para Maria Lúcia é uma honra receber incentivo e saber que está sendo apoiada para contribuir para o crescimento dos agronegócios nacional e internacionalmente.

A Diretora Geral aproveita a oportunidade para ressaltar que alguns estudos estão em desenvolvimento no segmento da criação de cavalos da Raça Mangalarga. Segundo Raul Sampaio de Almeida Prado, zootecnista com mestrado na área de eqüinos e técnico da ABCCR Mangalarga, enviou mensagem informando da importância do agronegócio que envolve eqüinos em nosso país. Ele está divulgando um estudo realizado pelo CEPEA, Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (ESALQ-USP), no qual mostra a importância do cavalo na economia nacional. No referido estudo, denominado ESTUDO DO COMPLEXO DO AGRONEGÓCIO CAVALO, os autores concluíram que agronegócio Cavalo trata-se de um complexo de grande importância para o Brasil.

As estimativas apresentadas, calculadas com base em critérios conservadores, indicam que o complexo movimenta valor econômico superior a R$ 7,5 bilhões anuais. Somente nas atividades analisadas, foram estimadas em cerca de 640.000 pessoas ocupadas. Considerando que cada emprego direto corresponde a quatro empregos indiretos, tem-se 3,2 milhões de empregos diretos e indiretos, relacionados ao cavalo no Brasil. Trata-se de números expressivos.

Resumo das contribuições dos diversos segmentos do Complexo do Agronegócio Cavalo no Brasil.

Segmento

Movimentação econômica

Pessoas Ocupadas

Medicamentos Veterinários

R$ 54.142.630,20

300

Rações

R$ 53.440.000,00

Feno

R$ 176.400.000,00

1.300

Selaria

R$ 174.600.000,00

12.000

Casqueamento e Ferrageamento

R$ 143.640.000,00

2.100

Transporte de Eqüinos

R$ 86.400,00

85

SENAR

R$ 976.000,00

30

Mídia

R$ 10.000.000,00

Militar

R$ 176.000.000,00

6.286

Lida

R$ 3.954.275.000

505.050

Equoterismo

R$ 43.200.000,00

2.500

Esportes (hipismo)

R$ 57.600.000,00

2.000

Pólo

R$ 1.684.400,00

1.500

Vaquejada

R$ 164.000.000,00

1.430

Turismo Eqüestre

R$ 21.000.000,00

1.500

Escolas de Equitação

R$ 78.000.000,00

9.000

Jockey

R$ 359.500.000,00

4.000

Trote

R$ 1.000.000,00

150

Exposições e eventos

R$ 146.100.000,00

Segmento “Consumidor”

R$ 1.654.400.000,00

91.429

Leilões

R$ 19.100.000,00

200

Exp. e imp. de cavalos vivos

R$ 8.833.623,68

Carne

R$ 80.000.000,00

1.000

Curtume

R$ 15.000.000,00

160

Seguro

R$ 2.500.000,00

Veterinários

R$ 20.000.000,00

500

Total

R$ 7.501.791.653,88

642.520

Após uma bolha de crescimento artificial nos anos 80 e a crise subseqüente, nos anos 90, o setor encontra-se em nova fase de crescimento, com maior maturidade. O profissionalismo, uma das principais críticas ao setor, vem se elevando. Novos e bons cursos têm sido ofertados e demandados em todos os níveis profissionais. As associações de criadores, de um modo geral, encontram-se em reestruturação na busca de maior eficiência e transparência.

O recente esforço do Governo e das instituições – como a CNA – tem procurado soluções para antigos problemas como a crise do turfe. Buscam-se, também, alternativas para o desenvolvimento sustentado da eqüinocultura. É nesse contexto, conforme destacado na introdução deste trabalho, que esta pesquisa está inserida: onde procurou-se elaborar um documento que pudesse iluminar os futuros caminhos na direção do melhor entendimento da indústria eqüestre. Espera-se que, a partir dos resultados obtidos, eficientes políticas – de crédito, sociais, de fomento, entre outras – possam ser formuladas para a consolidação e o dinamismo do Complexo do Agronegócio Cavalo.

No lado do setor privado, fica evidente a necessidade de aglutinar e organizar os diferentes esforços que estão sendo desenvolvidos tanto nos segmentos tradicionais quanto nas novas atividades relacionadas com o cavalo. Nesse sentido, o setor teria muito a ganhar fortalecendo as iniciativas voltadas para a busca de maior transparência, divulgação e profissionalização dos seus diversos segmentos. A organização e união de todo o setor em torno de objetivos comuns poderia facilitar e viabilizar os esforços necessários para romper com a equivocada imagem de que a indústria do cavalo está relacionada ao interesse restrito de uma elite e distante da realidade do brasileiro médio.

Por exemplo, os ótimos resultados – inclusive na dimensão social – obtidos pela eqüoterapia brasileira e a forte geração de empregos poderiam ser destacadas para remover a idéia, histórica e incorreta, de que as atividades relacionadas ao cavalo limitam-se à elite econômica do país. Uma ampla divulgação de casos de sucesso e de impacto econômico e social – como a experiência da escola municipal de hipismo em Volta Redonda (RJ) – poderia contribuir para mostrar a importância do agronegócio cavalo.

Finalmente, deve-se reconhecer que o trabalho apresenta limitações quanto a profundidade em que alguns setores foram tratados nesta pesquisa. Isto se deve ao pioneirismo do estudo que, como destacado na introdução deste relatório, teve caráter exploratório, essencialmente de filtragem e organização de informações dispersas e muitas vezes inconsistentes – no universo do cavalo no Brasil. Assim, sugere-se que futuros estudos – aprofundando, estendendo e complementando a presente pesquisa – sejam desenvolvidos em benefício do Complexo do Agronegócio Cavalo.

Para conferir o trabalho na íntegra acesse o link abaixo:

http://www.cepea.esalq.usp.br/pdf/cavalo_completo.pdf

Visite também os sites:

Fazendas Históricas Paulistas:

http://www.fazendaspaulistas.com.br/

Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ)

http://www.abcz.org.br/

Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCR)

http://www.cavalomangalarga.com.br/st/index.php

Universidade do Cavalo

http://www.universidadedocavalo.com.br/adm/pdf/Logistica,%20Marketing,%20RH%20e%20Qualidade%20no%20mundo%20dos%20Cavalos.pdf

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Aula 17

Administração Virtual

Para o processo de tomada de decisão, o administrador necessita dispor de um sistema de informação mais rápido e eficaz possível.

Devido ao avanço tecnológico, as transformações no campo da comunicação e informação têm-se tornadas mais evidentes, podendo-se destacar aqui principalmente o advento da Internet, Intranet, Video-Conferências, comércio eletrônico, entre outras atividades através do uso da tecnologia avançada em comunicação. Todas estas atividades reunidas fazem parte de um
novo conceito de administrar, chamado de Administração Virtual.

Conceito

A administração virtual se define através da maneira de utilização de tecnologia de informação e processamento de dados, através da maneira de prestar serviços.

Corporação Virtual

Propõe-se a responder ás pressões geradas pela conscientização e exigências dos consumidores e pelo acirramento da concorrência em todos os setores da economia, através de respostas mais ágeis, maior eficiência, flexibilidade e redução de custos.

O surgimento da Corporação Virtual só se tornou possível graças à utilização de novas tecnologias e a crescente valorização do ser humano.
Alianças estratégicas

Ciclos de desenvolvimento sucessivo

Toffler: Demonstra que a evolução da humanidade ocorre da sucessão de ondas de civilização, cada uma com características particulares como: valores, tecnologias, estilo de vida, comunicação.

Três civilização são caracterizadas na história da humanidade:


A primeira onda – civilização agrícola
A Segunda onda – civilização industrial
A Terceira onda – civilização atual

A Sucessão de Ciclos Econômicos

Davis & Davidson: Discutem o impacto provocado pelas mudanças tecnológicas, propondo que a humanidade se desenvolve em ciclos.

Primeiro Ciclo: economia agrícola
Segundo Ciclo: economia industrial
Terceiro Ciclo: economia da informação
Quarto Ciclo: Bioeconomia

Diferença entre empresa e organização

A Empresa aplica recursos para criar produtos e serviços que atendam às necessidades do mercado.
A Organização é a maneira pela qual estes recursos são administrados, compreendendo estrutura, sistemas, funcionários e cultura.

Infra-estrutura do Terceiro Ciclo


Para Davis & Davidson, a informação deve ser compreendida em dois aspectos essenciais:

Forma: aparência e estrutura: dados, texto, som e imagem
Função: ações ou atividades desempenhadas em relação à informação, que podem ser de geração, processamento, armazenamento e transmissão.

Economia baseada na informação em tempo real

Efetiva globalização de mercados;

Respostas mais rápidas;

Produtos personalizados;

Redução dos custos e despesas fixas;

Redução de estoques e capital de giro;

Produção no ponto de entrega.

Revolução da Informação

Abordagem de DAVIS & DAVIDSON e de TOFFLER se complementam;
Analisando as propostas num nível macro, em cada um dos quatros ciclos ocorrem ciclos menores;
A revolução da informação, transformando a sociedade;
Segundo DAVIDOW & MALONE, a corporação virtual é apenas conseqüência da sucessão de ciclos econômicos;
Corporação Virtual não é ilusão;
Corporação Virtual tem fronteiras e estas fronteiras podem ser ampliadas;

Gestão da Corporação Virtual

Davidow & Malone propõem uma nova espécie de empresa:


A Corporação Virtual, baseada nas informações em tempo real.

Exige trabalhadores qualificados, confiáveis e preparados;
Confiança dos relacionamentos internos e externos;
Domínio da informação em tempo real;
Estrutura pensada para atender o cliente que pretende conquistar.
Ambiente de imprevisibilidade.

Sistema Planetário

William Murdok desenvolve um sistema de engrenagens chamado Planetário, demonstrando, já nesta época , que a tecnologia pode alterar profundamente a história do homem em todas as áreas.
Planetário convertia movimentos do pistão do motor a vapor, de James Watt, em força rotativa para acionar um eixo.
Impacto espantoso e imediato no novo processo para produção de ferro fundido.
A Nova tecnologia de força resultou na Revolução Industrial.

Banco Virtual

Banco Virtual é toda solução que tira o cliente da agência, o que reduzirá os custos operacionais.

Se o Banco do Futuro pode ser considerado aquele que oferece serviços práticos e confiáveis ao cliente sem que este tenha que se dirigir a agência, podemos afirmar, sem dúvida, que o futuro, pela menos nesta área, já chegou.
Home Banking – a maioria dos bancos já oferece esse tipo de serviço que agrega quase 100% de suas atividades oferecidas aos clientes.

Produto Virtual

É aquele que pode estar disponível a qualquer momento, em qualquer lugar e em qualquer variedade.
O produto ou serviço virtual ideal é produzido instantaneamente.
Exige uma grande estrutura e demanda pessoal qualificado, sempre em sintonia com o mercado e une fornecedores, distribuidores, funcionários, varejistas e clientes.

Vitrine Virtual

Com o advento da Internet, várias empresas criaram suas Home Pages, onde expõem seus produtos.
Algumas Empresas, além de expor os produtos, praticam o e-comerce.

Para o futuro, especula-se a implantação do ecash, que seria a revolução virtual da economia mundial.

Hospital Virtual

Em um hospital virtual, um médico muito experiente consegue através de uma tela de televisão ver o que esta acontecendo com um paciente distante dali e dar as orientações necessárias para um outro médico com pouca experiência até que o salvamento deste paciente seja realizado.
Este método realizado pelo hospital virtual não é só para pacientes que necessitam de atendimento de urgência, mas em todos os casos.
Este Sistema tem como objetivo aprimorar os exames diagnósticos e tornar mais seguro, rápido, eficaz o atendimento a longa distância e eliminar o transito de pacientes e custo com internamento dentro dos hospitais.


Mandamentos da Corporação Virtual Vitoriosa

Liderar mudanças ao invés de ser refratário a elas.
Promover a necessidade de comunicação e a liderança simbólica, com um zelo religioso.
Tornar-se perito em comunicações e ser generalista, ouvindo as opiniões de todos.
Eliminar as paredes entre os departamentos.
Atualizar continuamente os aspectos dos quais a empresa depende para seu sucesso estratégico.

Quais empresas se tornarão virtuais?

Qualquer empresa, de qualquer tamanho, de qualquer setor, potencialmente poderá transformar-se em uma corporação virtual.
Impactos desta transformação podem ser sentidos mais facilmente nos sistemas educacionais e nos níveis de emprego.
Qualificação de pessoas e mudança no processo de produção.
Mudanças são necessárias para manter-se competitiva no mundo globalizado.
Necessidade de uma política específica para a virtualidade.


A implantação de novos processos produtivos, baseados em alta tecnologia, são os maiores causadores de desemprego dos últimos anos.

A Era da Empresa Tecnológica

Grandes revoluções no que diz respeito a tempo e espaço: videoconferência, transmissão de voz e dados entre outros.
Desenvolvimento da IA (Inteligência artificial) poderá gerar mudanças de paradigmas na sociedade.

Milhões de informações circulam no mundo em tempo real ao alcance de todos, é necessário filtrar para absorver o necessário.
Preocupação de manter a pessoalidade nas relações.

Com o volume de informações cresce a importância de tomada de decisões mais rápidas.


Fonte: http://www.portaladm.adm.br/Tga/tga57.htm