Teoria Estruturalista da Administração
→ A origem da Teoria Estruturalista na Administração surge como um desdobramento da Teoria da Burocracia e de uma leve aproximação à Teoria das Relações Humanas.
→ A Teoria Estruturalista, portanto, é uma tentativa de reunir aspectos relevantes das abordagens Clássica e Humanística.
Aspectos importantes
→ A oposição surgida entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações Humanas;
→ A necessidade de visualizar “a organização como uma unidade complexa, onde interagem grupos sociais” que compartilham alguns objetivos da organização, mas que podem incompatibilizar com outros (ex. distribuição de lucros);
→ A influência do estruturalismo nas Ciências Sociais e sua repercussão no estudo das organizações;
→ Novo conceito de estrutura. O estruturalismo está voltado para o todo e para o relacionamento das partes da constituição do todo. A totalidade, a interdependência das partes e o fato de que o todo é maior do que a simples soma das partes são as características básicas do estruturalismo.
Sociedade de Organizações
→ Para os estruturalistas, a sociedade moderna e industrializada é uma sociedade de organização das quais o homem passa a depender para nascer, viver e morrer.
Processo de desenvolvimento das organizações ao longo de quatro etapas
Etapa da natureza
→ É a etapa inicial → os elementos da natureza constituíam a base única de subsistência da Humanidade. O papel do capital e do trabalho é irrelevante nessa etapa da história da civilização.
Etapa do trabalho
→A partir da natureza, surge um fator perturbador que inicia verdadeira revolução no desenvolvimento da Humanidade: o trabalho. O trabalho passa a condicionar as formas de organização da sociedade.
Etapa do capital:
→ O capital prepondera sobre a natureza e o trabalho, tornando-se um dos fatores básicos da vida social.
Etapa da organização:
→ A natureza, o trabalho e o capital se submetem à organização. A organização, sob uma forma rudimentar, já existia desde os primórdios da evolução humana, do mesmo modo que o capital existira antes da fase capitalista.
As Organizações
→ Constituem a forma dominante de instituição da moderna sociedade
→ São a manifestação de uma sociedade altamente especializada e interdependente que se caracteriza por um crescente padrão de vida.
→ As organizações permeiam todos os aspectos da vida moderna e envolvem a participação de numerosas pessoas.
→ Cada organização é limitada por recursos escassos e, por isso, não pode tirar vantagens de todas as oportunidades que surgem: daí o problema de determinar a melhor alocação de recursos.
→ A eficiência é obtida quando a organização aplica seus recursos naquela alternativa que produz o melhor resultado.
O Homem Organizacional
O homem organizacional necessita ter as seguintes características:
→ Flexibilidade - em face das constantes mudanças que ocorrem na vida moderna, bem como da diversidade dos papéis desempenhados nas diversas organizações.
→ Tolerância às frustrações – para evitar o desgaste emocional decorrente do conflito entre necessidades organizacionais e necessidades individuais.
→ Capacidade de adiar as recompensas – e poder compensar o trabalho rotineiro dentro da organização, em detrimento das preferências e vocações pessoais por outros tipos de atividade profissional.
→ Permanente desejo de realização – para garantir a conformidade e a cooperação com as normas que controlam e asseguram o acesso às posições de carreira dentro da organização, proporcionando recompensas e sansões sociais e materiais.
Teoria Estruturalista da Administração Envolve
→ Tanto a organização formal como a organização informal;
→ Tanto as recompensas salariais e materiais como as recompensas sociais e simbólicas;
→ Todos os diferentes níveis hierárquicos de uma organização;
→ Todos os diferentes tipos de organizações;
→ A análise intra-organizacional e a análise interorganizacional.
Teoria Estruturalista da Administração Envolve
→ Abordagem múltipla: organização formal e informal.
Os estruturalistas não alteram os conceitos da organização formal e informal (formal tudo o que estiver expresso no organograma como hierarquia, regras, regulamentos, controle de qualidade e informal as relações sociais). A Teoria Estruturalista tenta encontrar o equilíbrio entre os elementos racionais e não racionais do comportamento humano que constitui o ponto principal da vida, da sociedade e do pensamento moderno.
→ Abordagem múltipla: recompensas materiais e sociais
O significado das recompensas salariais e sociais e tudo que se inclui nos símbolos de posição (tamanho da mesa ou do escritório, carros da companhia, etc.) é importante na vida de qualquer organização. Embora as recompensas sociais sejam importantes, elas não diminuem a importância das recompensas materiais e salariais.
→ Abordagem múltipla: os diferentes enfoques da organização
Para os estruturalistas, as organizações podem ser concebidas segundo duas diferentes concepções:
→ Modelo racional da organização: Concebe a organização com um meio deliberado e racional de alcançar metas conhecidas. Os objetivos organizacionais são explicitados – como a maximização dos lucros – e todos os aspectos e componentes da organização são escolhidos em função de sua contribuição ao objetivo e as estruturas organizacionais são cuidadas para atingir a mais alta eficiência, os recursos são adequados e alocados de acordo com um plano diretor, todas ações são apropriadas e iniciadas por planos e seus resultados devem coincidir com os planos.
→ Modelo natural de organização: Concebe a organização como um conjunto de partes independentes que constituem o todo: cada parte contribui com algo e recebe algo do todo, o qual, por sua vez, é interdependente com uma ambiente mais amplo. O objetivo básico é a sobrevivência do sistema.
→ Abordagem múltipla: os níveis da organização
As organizações caracterizam-se por uma hierarquia de autoridade, isto é, pela diferenciação de poder. São considerados três níveis organizacionais:
→ Nível Institucional: É o nível organizacional mais elevado, composto dos dirigentes ou de altos funcionários. É também denominado nível estratégico, pois é responsável pela definição dos principais objetivos e das estratégias organizacionais.
→ Nível Gerencial: É o nível intermediário, situado entre o institucional e o técnico, cuidando do relacionamento e da integração desses dois níveis. Uma vez tomadas as decisões no nível institucional, o nível gerencial é o responsável pela sua transformação em planos e em programas para que o nível técnico os execute.
→ Nível Técnico: É o nível mais baixo da organização. Também denominado nível operacional, é o nível em que as tarefas são executadas, os programas são desenvolvidos e as técnicas são aplicadas.
→ Abordagem múltipla: a diversidade de organizações
Enquanto a Administração Científica e a Escola das Relações Humanas focalizaram as fábricas, a abordagem estruturalista ampliou o campo da análise da organização, a fim de incluir outros tipos diferentes de organizações além das fábricas: organizações pequenas, médias e grandes, públicas e privadas, empresas dos mais diversos tipos (industriais, comerciais, de serviços, agrícolas, etc.), organizações militares, organizações religiosas, organizações filantrópicas, partidos políticos, prisões, sindicatos, etc.
→ Abordagem múltipla: análise interorganizacional
Além da análise interna das organizações, os estruturalistas passam a preocupar-se com aspectos interorganizacional. A análise organizacional passa a ser feita através de uma abordagem múltipla, ou seja, através das análises intra-organizacional (fenômenos internos) e interorganizacional (fenômenos externos).
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