domingo, 4 de abril de 2010

Modelo de Gestão - Aula 5

AULA 5

Abordagem Humanística da Administração

Ênfase: nas pessoas

Preocupação com as pessoas

Dos aspectos técnicos e formais aspectos psicológicos e sociológicos

Teoria das Relações Humanas → EUA → 1930 → desenvolvimento das ciências sociais

Psicologia do Trabalho → 2 etapas

Análise do trabalho e adaptação do trabalhador

- seleção de pessoal

- treinamento e métodos de aprendizagem

- fisiologia do trabalho

- estudo de acidentes e fadiga

Adaptação do trabalhador ao trabalho

- estudo da personalidade do trabalhador e do gerente

- motivação e os incentivos do trabalho

- liderança

- comunicações

- relações interpessoais e sociais

Teoria das Relações Humanas

Origens:

necessidade de humanizar e democratizar a Administração

→ desenvolvimento das ciências humanas

idéias da Filosofia Pragmática e da Psicologia Dinâmica

→ conclusões da experiência de Hawthorne

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Texto 1

John Dewey - Pragmatismo

1 – Biografia

John Dewey nasceu em Burlington em 1859. Graduou-se em 1879, na universidade de Vermont e Doutorou-se em Filosofia no ano de 1882. Foi professor Secundário por três anos e professor de Filosofia em Michigan em 1884. É um dos fundadores da escola filosófica chamada Pragmatismo. Criou uma universidade exílio para acolher estudantes perseguidos de países de regime totalitário. Principais obras: Psicologia (1887); Meu credo pedagógico (1897);A escola e a criança (1898); A escola e a sociedade (1899); Experiência e Educação (1938). Ao longo da sua vida participou na elaboração de 40 livros e apresentou mais de 700 artigos. Morreu em Nova York em 1952.

2 – Filosofia da Educação

Para Dewey, juntamente como Vygotsky, concebia o conhecimento e o desenvolvimento como um processo social, ou seja, o conhecimento não deve ficar apenas para nós, é preciso transmitir. Por isso Dewey era favorável aos trabalhos em grupo, para trocar idéias;

O indivíduo passa a ser significante quando considerado parte inerente da sociedade. O homem só se torna alguém quando se faz parte de uma sociedade, quando ele está ligado a ela.

O conhecimento adquirido pela educação deve fazer parte integrante ao cotidiano da vida, ou seja, o elemento de ensino junto com a prática cotidiana. No laboratório-escola que dirigiu junto a sua esposa alice, na universidade de chicago, as crianças bem novas aprendiam conceitos de física e biologia presenciando os processos de preparo do lanche e das refeições, que eram feitos na própria classe. Ou seja, o aluno deve aprender o conhecimento cientifico e também o conhecimetno pratico. Esta idéia foi uma grande contribuição para a escola filosófica do Pragmatismo.

3 – Pragmatismo

Dewey é uma das três figuras centrais do pragmatismo nos EUA, ao lado de Charles Sanders Peirce e William James.

Pragmatismo é doutrina segundo a qual as idéias são instrumentos de ação, que só valem se produzem efeitos práticos. Para John Dewey Pragmatismo é a teoria segundo a qual a verdade de uma idéia reside na sua utilidade. Em linguagem simples o pragmatismo pode ser entendido como uma maneira prática de resolver problemas, passando por cima de muitos princípios muitas vezes considerados relevantes. Imagine você, recém formado, cheio de princípios e procedimentos formais. Quando se depara com a realidade do mercado de trabalho e vê que para competir terá que ceder, fazer acordos, vistas grossas, sem ser desonesto, isso é ser pragmático. Tem que ser prático para fazer a coisa andar. Por fim, perfeita sincronia entre o que pensamos e o que fazemos, sintonia entre o que falamos e o que pensamos.

Dewey não chama sua filosofia de pragmática, preferindo o termo "instrumentalismo", pois para ele as idéias só têm importância desde que sirvam de instrumento para a resolução de problemas reais.

4 – Educação Progressiva

A idéia Básica do pensamento de John Dewey sobre a educação está centrada no desenvolvimento da capacidade de raciocínio e espírito crítico do aluno. A Educação Progressivaestá no crescimento constante da vida, na medida em que o conteúdo da experiência vai sendo aumentado.

O aprendizado se dá quando compartilhamos experiências. Acreditava que, para o sucesso do processo educativo, bastava um grupo de pessoas se comunicando e trocando idéias, sentimentos e experiências sobre as situações práticas do dia-a-dia.

O professor deve apresentar os conteúdos escolares na forma de questões ou problemas e jamais das de antemão respostas ou soluções prontas, isto é, o professor deve fazer com que o aluno raciocine e elabore os próprios conceitos, e o suscite a ser curioso. A Escola deve proporcionar práticas conjuntas e promover situações de cooperação, em vez de lidar com as crianças de forma isolada.

Educar é incentivar o desejo de desenvolvimento contínuo, preparar pessoas para transformar algo.

5 – Influências deixadas

No Brasil inspirou o movimento da escola nova, liderado por Anísio Teixeira, ao colocar a atividade prática e a democracia como importantes ingredientes da educação.

Inspirou as teorias mais modernas da didática, como o construtivismo e também as bases teóricas dos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais).

Mas seu grande mérito foi ter sido um dos primeiros a chamar a atenção para a capacidade de pensar dos alunos.

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/23044/1/John-Dewey---Resenha-sobre-o-pensamento-do-filosofo-e-pedagogo-norte-americano/pagina1.html.

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Texto 2

9. DINÂMICA DO CAMPO PSICOLÓGICO

O conceito de campo psicológico supõe que tudo aquilo que afete o comportamento num dado momento, deve ser representado como parte integrante do campo existente naquele momento, uma realidade fenomenológica.

O campo psicológico é o que se denomina de “espaço de vida” considerado dinamicamente, isto é, a totalidade dos fatos coexistentes e mutuamente interdependentes, compreendendo tanto a pessoa como o meio.

Quando dizemos, portanto que o comportamento depende do estado da pessoa e de seu meio, pessoa P e meio M, têm que ser considerados como variáveis mutuamente dependentes ou, em outras palavras, como uma constelação de fatores independentes.

A estrutura do espaço de vida se refere às posições que as partes mantêm entre si. Uma de suas condições básicas para se determinar a estrutura do espaço de vida, é a de se estabelecer a posição da pessoa dentro dele. A importância desta determinação está ligada ao fato de que o comportamento pode ser visto como uma mudança de posição da pessoa ou como uma mudança de estrutura.

As mudanças de estrutura dependem de fatores dinâmicos que permitem maior o menor locomoção (fluidez, elasticidade, plasticidade).

Ecologia psicológica – Lewin confere muita importância à zona de fronteira. Denomina de “ecologia psicológica”o estudo das relações entre as variáveis psicológicas e as variáveis não psicológicas (estas operando na zona de fronteira).

A primeira análise de campo é feita do ponto de vista de uma ecologia social, isto é, através de fatores não-psicológicos geográficos, de comunicação, enfim, de limitações externas que se impõe ao grupo ou ao indivíduo, tanto o processo perceptivo quanto a execução em ação estão relacionadas ao mundo físico e social que afetam esta zona limítrofe do espaço de vida.

A noção de campo não é originária em Lewin e sim em Kohler, inicialmente aplicada ao processo perceptivo, esta noção foi re-elaborada em Lewin através do conceito de tensão e aplicada a todo o comportamento psicológico.

Uma necessidade corresponde a um sistema de tensão da região interna da pessoa, de tal modo que a sua satisfação corresponde à diminuição da tensão desse sistema.

Para Lewin, a valência de uma atividade ou de um objeto está relacionada à sua possibilidade de satisfação de uma necessidade, o que não implica na identificação entre valência e satisfação, pois assim como há tarefas que possuem valência positiva e não são acompanhadas de satisfação quando terminadas há outras que apesar de possuírem valência negativa podem produzir satisfação. O estado das necessidades afeta fundamentalmente a estrutura cognitiva do espaço de vida, tanto a do presente como as do passado e futuro psicológicos e seu efeito dependem da intensidade da necessidade e da fluidez das áreas correlatas do espaço de vida.

Essa tensão é descarregada se o objetivo é alcançado. A fluidez aumenta à medida que passamos do nível de realidade para o nível de irrealidade.

A satisfação de uma necessidade pode ser realizada tanto alcançando o objetivo original como um objetivo substituto. Freud deu enorme importância à satisfação no nível da fantasia, principalmente através do sonho.

Lewin conclui que o mais fundamental e mais geral efeito de uma necessidade é a tendência a mudar a estrutura do meio. A necessidade conduz a uma mudança do meio tanto através de uma reestruturação cognitiva como através de uma mudança da estrutura por meio da locomoção.


10. CAMPO SOCIAL

São os seguintes significados que um grupo pode ter para o individuo:

O grupo é um terreno sobre o qual a pessoa se sustenta. A estabilidade ou instabilidade do comportamento do individuo depende da sua relação com o grupo. Quando sua participação está bem estabelecida, seu espaço de vida se caracteriza por uma estabilidade maio do que quando ela não está bem definida;
O grupo como instrumento. O individuo aprende desde cedo a utilizar o grupo como um instrumento para satisfazer suas necessidades físicas e sociais. Quando adulto, seu status social é um instrumento importante nas suas relações profissionais, sociais, familiares, etc...
O grupo como uma totalidade da qual o individuo é uma parte. Uma mudança na situação do grupo afeta diretamente a situação do individuo. Caso uma ameaça recai sobre o grupo, o individuo se sentirá também ameaçado, assim como sua segurança e seu prestigio aumentam ou decrescem na medida em que o mesmo acontece com o grupo.
O grupo como parte do espaço de vida. Para o individuo, o grupo é parte do espaço de vida em que ele se movimenta. Se considerarmos que o espaço de movimento livre de uma pessoa se caracteriza por uma reação circundada por outras que não lhe são acessíveis, será fácil compreendermos a importância da determinação dse sua posição dentro do grupo e as possíveis mudanças que este possa sofre. Uma mudança de posição dentro do grupo pode acarretar o acesso a novas regiões, assim como o surgimento de novas barreiras.
Entrar num grupo social novo pode significar algo muito semelhante a ser jogado num campo cognitivamente não estruturado, ser forçado a manter-se num solo móvel e não saber se esta fazendo “a coisa certa”.

Assim como o individuo e seu ambiente forma um campo psicológico, o grupo e seu ambiente formam um campo social. O conceito de campo social abraça a dinâmica e as estrutura deste espaço. A conduta de um grupo será, então, explicada em função de forças objetivas que decorrem da própria situação no momento.

O campo social é uma totalidade dinâmica estruturada em função da posição relativa das entidades que o compõe. O comportamento social resulta da inter-relação destas entidades tais como: grupos, sub-grupos, barreiras, membros, canais de comunicação, ou seja, da distribuição de forças em todo o campo.

A mudança de um hábito social implica na criação de condições que permitam romper o nível de equilíbrio de um processo quase-estácionário. Há, no entanto uma resistência por parte do grupo contra a alteração de seu estado de equilíbrio. Esta resistência é interna ao próprio grupo e se traduz em termos de “hábitos sociais”.

Os hábitos devem compreendidos como resultado de uma dinâmica de forças abarcando o grupo e seu contexto. A fonte de “hábitos sociais” é a criação de um campo de força adicional pela constância histórica que tenderia a manter o nível atual do sistema. Quanto maior for o valor social de um padrão do grupo, maior será a resistência a um afastamento desse nível.

Uma das maneiras de se diminuir a resistência à mudança é provocando-se uma diminuição na intensidade do valor padrão do grupo. Isto se aplica ao individuo enquanto participante deste grupo. Se os valores do grupo permanecerem os mesmos, a resistência do individuo será muito mais forte do que se os valores do próprio grupo forem alterados.

Fonte: http://www.algiconsultoria.com.br/artigos/psicologia_estrutural_kurt.htm

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Experiência de Howthorne

Pesquisa sobre a correlação entre iluminação e eficiência dos operários

1ª fase

2 grupos de operários

1 grupo com iluminação constante

o segundo grupo com variações de iluminação

→ não foi encontrado correlação direta

→ percebeu-se uma variável inoportuna difícil de ser isolada: o fator psicológico

2ª fase

→ 1 ano de experimento com variações de condições de trabalho

→ o resultado foi o aumento da produção pelos fatores psicológicos

→ o grupo experimental se tornou uma equipe

3ª fase

→ distanciamento de pesquisas de condições físicas de trabalho

→ fixado como objetivo o estudo das relações humanas no trabalho

→ programa de entrevistas com os operários para conhecer seus sentimentos, opiniões, tratamento que recebiam, ouvir sugestões a respeito do treinamento dos supervisores.

percebeu-se a organização informal dos trabalhadores

4ª fase

→ permitiu o estudo das relações entre organização informal dos empregados e organização formal da fábrica.

Conclusões

Permitiu o delineamento dos princípios básicos da Escola das Relações Humanas

→ o nível de produção é resultante da integração social (normas sociais e expectativas grupais)

se o trabalhador apresentar excelentes condições físicas e fisiológicas para o trabalho e não estiver socialmente integrado, sua eficiência sofrerá a influência de seu desajuste social

→ comportamento social dos empregados: o trabalhador não age ou reage de forma individual, mas como membro do grupo

→ recompensas e sanções sociais: os trabalhadores preferiam perdas no salário a pôr em risco suas relações de amizade com os colegas.

→ grupos informais: organização social composta por grupos sociais informais, cuja estrutura nem sempre coincide com a organização formal da empresa

→relações humanas: são as ações e as atitudes desenvolvidas a partir dos contatos entre pessoas e grupos e, cada um influencia no comportamento e atitudes do grupo.

→ importância do conteúdo do cargo: influi sobre o moral do trabalhador → trabalhos simples e repetitivos tornam-se monótonos e maçantes diminuindo sua satisfação e eficiência

Mayo

→ o trabalho é uma atividade tipicamente grupal

→ o operário não reage como indivíduo isolado, mas como membro de um grupo social

→ a tarefa básica da Administração é formar uma elite capaz de compreender e de comunicar

é necessária a formação de uma elite social capaz de recobrar a cooperação

o ser humano é motivado pelas necessidades sociais

→ a civilização industrial traz como conseqüência a desintegração dos grupos primários da sociedade (família, religião)

Funções básicas da organização – Roethlisberger e Dickson

Organização Industrial Função econômica: Equilíbrio externo

Produzir bens e serviços

Função social: Equilíbrio interno

dar satisfação

a seus participantes

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